Diana faz uma birra
Estava
um dia lindo. O sol brilhiava muito no alto do ceu.
Diana
estava super feliz, porque ia com os pais visitar a avó que vivia no campo.
Sairam de casa, entraram no carro e partem para a casa da avó.
-
Ja chegamos? – Perguntou a diana, inquieta com a demora.
-
Ainda não querida. – Responde-lhe a mãe.
Diana
olhou para a janela e começou a contar as arvores que passavam.
-
E agora, ja chegamos?
-
Ainda não, mas não falta muito. – Disse-lhe desta vez o pai que ia a conduzir o
carro.
Chegaram
a quinta e quando o pai estacionou o carro, diana saiu do carro e fói a correr
para abraçar a avó que esperava por eles a beira da porta.
-
Que saudades que tinha desse abraço da minha netinha. – Exclamou a avó sorrindo
enquanto fazia festinha na cabeça da Diana. – Olha como ela está tão crescida?!
Diana
sentiu-se vaidosa com o comentário e sorriu alegremente para a avó.
-
Diana vem pegar a tua boneca, filha. – Gritou-lhe a mãe a tirar os sacos do
carro com a ajuda do pai.
-
Vamos ajudar os pais com os sacos? – Perguntou-lhe avó a olhar para ela, mas
Diana recusou logo com a cabeça e em vez de ir ajudar os pais, passou pela avó
e entrou em casa e foi brincar no quintal.
-
Miau, miau, miau, ...
Diana olhou a volta um pouco assustada com o
barrulho. Interrogou-se de que animal seria aquele barrulho. Então começou a
procurar pelo quintal até que encontrou num cantinho em cima da manta, um gato
a amamentar três gatinhos bebés.
Cada
um de cor deferente e cada um mais lindo que o outro. Diana sentou-se perto
deles e ficou a observa-los com os olhos bem abertos.
Quando
viu que um dos gatinhos ia ter com ela, Diana estendeu o braço e chamou:
-
Vem gatinho branco...vem para mim.
O
gatinho branco gatinhou até a Diana e rosnou encostando a cabeça na mão dela.
Diana
pegou no gatinho, carregou-o ao colo e ficou a fazer festinha na cabeça do
pequeno gatinho.
-
Que fofinho! Vou chamar-te de Davi.
Vamos ser muito amigos, está bem?
Estava
tão contente com o seu novo amigo que não parou de brincar e não o largava nem por um segundo.
-
Miau, miau, miau... – Apareceu
a mãe gata entrando no quintal. Foi
para perto dos filhos e deitou-se para lhes amamentar.
Diana
reparou que a mãe gata não parava de olhar para ela e para o gatinho Davi
enquanto miava.
A
gata mãe miava porque sentia falta do seu filhote que Diana tinha no
seu colo e não o largava.
-
Oi filha! O que
estás a fazer? – Perguntou-lhe a mãe a
entrar no quintal com um vazo de planta.
-
Estou a brincar.
-
A brincar sozinha, meu amor?
Diana
virou-se para mãe com o gatinho branco em suas mãos e disse sorrindo.
-
Não. Estou a brincar com o meu novo amigo. Encontrei-o ali e chama-se Davi. Não
lindo, mãe?
A
mãe um pouco supreendida aproxima-se dela e olha para o pequeno gatinho.
-
É sim, filhota. É muito lindo e tão pequenino.
-
Ele pode ficar comigo, mãe? Posso levá-lo comigo para casa? – Perguntou Diana olhando para mãe com um
beicinho.
-
Ficar com o quê? – Pergunta o Pai entrando na cozinha um pouco curioso.
Diana
correu para junto do pai, sorrindo de alegria e mostrou-lhe o seu amigo.
-
Eu tenho um gato pai e vou levá-lo comigo para casa.
O
pai sorriu supreendido e olha para a mãe que também não sabia o que dizer.
-
Como assim, levá-lo para casa?
-
Sim pai! É o meu novo amigo e eu vou cuidar dele em casa quando levá-lo comigo.
– Insistiu a Diana com o sorriso de orelha a orelha.
O
pai e a mãe trocam mais um olhar constragido antes de olharem para a mãe gata que continuava
a olhar para o seu filhote nos braços da Diana.
-
Miau, miau, miauuuuu. – Miava a mãe gata muito desesperada por não ter
o seu filhote com ela.
-
Acho que o gatinho prefere ficar com a mãe e os irmãos, não achas pequenina? – Disse o pai.
Diana
olhou para a mãe gata e encolhe os ombros.
-
Não. Davi vai ficar comigo. Ele vai ficar comigo.
Diana
apertou o pobre gatinho no peito e olhou
para os pais.
A
mãe agachou-se ao pé dela e passou a mão ao de leve na seu cabelo.
-
Filhota, não podes ficar com o gatinho. Não vês como ele ainda é muito pequenino. Precisa da mãe
para crescer.
-
Não mãe! O Davi não precisa dela. Ele precisa é de mim. Só de mim e de mais
ninguém. – Gritou a Diana enquanto apertava o gatinho branco num abraço forte.
-
Que gritaria é essa, minha neta? O que se passa? – Perguntou a avó que parecia
muito preocupada.
O
pai e mãe colocaram-se de pé e olharam para
a avó.
-
Acho que temos aqui um grave problema. – Disse o pai indicando com o dedo para o gatinho no colo da Diana. – A nossa
filhota fez um novo amigo inseparaveis.
-
Oh não! Não pode ser? – Disse a avó num lamento.
-
O gatinho é meu e vou leva-lo comigo para casa. – Diana abraçou o gatinho e
saiu correndo do quintal.
-
Então e agora? – Perguntou a mãe.
-
Deixem comigo? Eu vou falar com ela, não se preocupem. – Disse a avó a sair do
quintal a procura da Diana. – Princesa? Onde estás? Anda falar com avó...
Pequenita!?
Procurou-a
por toda casa e por todo lado,
mas não a encontrou. Onde será que
a Diana se escondeu com o pobre gatinho?
-
Miau, miauuuuu... – Ouviu a avó de baixo da mesa.
A
avó sorriu e foi ver a netinha no seu esconderijo. Sentou-se na cadeira e espreitou de baixo da
mesa onde Diana estava sentada com o gatinho no colo e chorando
desesperadamente.
-
Estás aqui minha querida? Não chores... anda falar com a avó?
-
Não vou sair daqui. Vocês vão tirar o Davi de mim e eu não quero.
-
Isso não é verdade. É claro que podes ficar com o gatinho, mas antes tens que
saber como cuidar bem dele, mas não agora. – Disse a avó. – Anda cá que a avó explica-te
tudo, esta bem?
Diana
saiu de baixo da mesa com o gatinho carregado e foi sentar-se no colo da avó.
Reparou que os pais não estavam ali e olhou para gatinho fazendo-lhe festinhas carinhosos na cabeça.
-
Porquê que não posso levar o Davi comigo, avó? – Perguntou Diana. – A mãe gata
ficou lá com dois gatinhos e eu só quero ficar com Davi. Ela não vai dar falta
se eu for com o Davi.
A avó limpou-lhe as lágrimas da cara e sorriu
para ela.
-
Porque ele precisa da mãe, para alimentar e crescer para ficar forte como tu,
querida. Ele ainda é muito pequenino e se não ficar com a mãe e os irmãos, vai
ficar tão fraquinho e não vai conseguir crescer, percebes?
-
Eu posso alimentá-lo também, avó! Dou-lhe os meus cereais, leite que tenho lá
em casa.
-
Tenho a certeza de que ele ia gostar
muito de ir contigo, mas ele ainda não tem os dentinhos para comer e só o leite
da mãe gata o faz crescer. Não queres
que ele cresça e que fique forte como os gatinhos do desenho animado?
Diana
olhou de relance para o gatinho que lambia a sua mão
e acenou que sim com a cabeça.
-
Sim.
- Então vamos levá-lo para junto da
mãe gata? A vovó promete que assim que ele ficar tão grande e forte, ele vai
contigo para casa, está bem assim?
Diana diz que sim com a cabeça.
Foram para quintal. Diana colocou o
gatinho branco no chão junto da mãe gata e foi para perto da avó um pouco
triste.
Viu o seu amigo de pelo branquinho
a enfiar-se no
meio dos irmãos e ir amamentar-se
da mãe gata.
- Avó? Será que ele vai lembrar-se
de mim quando crescer? – Perguntou Diana a avó que
passava a mão pelo braço dela.
- Vai sim querida. Tenho a certeza de
que Davi nunca vai te esquecer
de uma amiga tão boa e que gosta tanto
dele.
Diana
sorriu mais animada, abraçou-se a avó e voltou a olhar para o seu amiguinho
peludo que lutava com os seus irmãos.
-
Miau! – Miou o gatinho branco olhando para ela, o que a deixou bastante feliz
porque percebeu que também o gatinho gostava tanto dele como ela dele.
fim
Nenhum comentário:
Postar um comentário